Sumário
Convívio social e meio ambiente
Sociedade
Grupo social
Indivíduo
Relacionamentos intrapessoal e interpessoal
Intrapessoal
Interpessoal
Sensibilidade social ou empatia
Diferenças individuais e direitos sociais
Comunicação
Conflito
Conflito intrapessoal
Conflito interpessoal
Administração de conflito
Cidadania e trânsito
Condutor cidadão
Pedestre cidadão
Meio ambiente
Poluição
Poluição atmosférica
Poluição sonora
O que o Brasil tem feito para avançar
Código de Trânsito Brasileiro e o meio ambiente
O cidadão e as atitudes sustentáveis
Direção defensiva
Direção defensiva e redução de acidentes
Vulneráveis e particularidades
Criança
Assentos próprios para criança
Veículos só com banco dianteiro
Quatro ou mais criança conduzidas
Cinto de dois pontos
Travessia de crianças
Idoso
Pessoa com deficiência
Gestante
Acidente de trânsito
Classificação dos acidentes 41Evitável
Inevitável
Tipos de acidentes
Colisão frontal
Colisão traseira
Choque com objeto fixo
Atropelamento de pedestre
Atropelamento de animal
Fatores de riscos
Fator humano
Condição adversa de condutor
Fadiga e sono
Condição de saúde
Álcool
Tensão
Impaciência
Estresse e agressividade
Fator velocidade
Distância de seguimento
Fator circunstancial
Condição adversa de passageiro
Condição adversa de carga .51Condição adversa para o pedestre
Condição adversa para o ciclista
Condição adversa de tempo
Chuva e granizo
Neblina
Ventos laterais
Condição adversa de luz
Fator estrutural
Condição adversa de via
Condição adversa de trânsito
Condição adversa de veículo
Prevenção de acidentes e os requisitos da direção defensiva
Requisitos da direção defensiva
Conhecimento
Atenção
Previsão
Decisão
Habilidade
Situações de risco e comportamento adequado
Distração (desvio de atenção)
Ultrapassagens indevidas
Velocidade incompatível
Combinação álcool e direção
Desobediência à sinalização
Sono
Falta do cinto de segurança
Retrovisores
Posicionamento do condutor
Derrapagem
Fumaça
Ondulação, buraco, elevação e inclinação
Curva e cruzamento
Deslocamento do ar
Aquaplanagem
Condução de motocicleta – abordagem teórica
O passageiro na motocicleta
Motociclista e carga
A formação do condutor
O advento do simulador de trânsito
Legislação de trânsito
Contextualização
Os direitos e deveres dos atores do trânsito
Direitos
Deveres
Veículos – tipo espécie categoria
Novo modelo de placas
Registro, licenciamento do veículo e baixa do veículo
Veículo zero
Veículo usado
Tratores e aparelhos puxadores
Baixa de veículo
As pessoas no trânsito
Educação de trânsito nas escolas
Legislação e formação de condutores
Dever social do Centro de Formação de Condutores – CFC
Categoria A
Categoria B
Categoria C
Categoria D
Categoria E
ACC
Motor-casa
Tratores e equipamentos automotores
Curso especializado
Renovação da CNH
Adição de categoria a CNH
Mudança de categoria
Controle de qualidade da formação do condutor
Legislação e os atores do trânsito
A legislação e os pedestres .94A legislação e o ciclista
A legislação e o motociclista
A legislação e condutor de veículo quatro rodas
A legislação e o condutor profissional
Motociclista profissional
Motorista profissional
Os veículos de emergência 103Onde começa a violência no trânsito
Normas de circulação e conduta
A circulação
Pedestre
Ciclistas
Motociclista
Carros de passeio
Caminhões
Vias e velocidade
Vias urbanas
Trânsito rápido
Arterial
Coletora
Local
Especial
Vias rurais
Estrada
Rodovia
Uso das luzes
Luz alta e baixa
Faróis e lanternas de neblina
Luzes de posição (lanternas)
Luzes de freio e de ré
Preferência
Em cruzamentos
Em rotatória
Rotatória em via urbana
Rotatória em rodovia com acesso à via urbana
Rodovia
Retorno e conversão
Retorno
Conversão
Veículos escoltados
Veículos de emergência
Veículos de imprensa
Normas de passagem
Normas de ultrapassagem
Ultrapassagem de ciclista
Circulação de bicicletas
Cruzamento rodocicloviário
Circulação de ciclomotores
Bolsões de moto
Circulação de pedestres
Acostamento
Estacionamento
Transporte de animais
Transporte de crianças no veículo
Sinalização de trânsito
Sinalização horizontal
Marcas longitudinais
Marcas transversais
Marcas de canalização
Marcas de delimitação: parada ou estacionamento
Faixa exclusiva
Faixa reversa
Ciclofaixa
Ciclovia
Marcação de área de conflito
Legendas
Sinalização vertical
Sinalização vertical de regulamentação
Sinalização vertical de advertência
Sinalização vertical de indicação
Sinalização vertical de atrativos turísticos
Semáforo
Faixa de pedestre
Crime de trânsito
Penalidades
Homicídio culposo
Lesão corporal
Omissão de socorro
Fuga do acidente
Embriaguez ao volante e substância psicoativa
Violação da suspensão ou proibição de dirigir
Racha ou pega
Dirigir sem habilitação
Entregar veículo a não habilitado
Dirigir em velocidade incompatível com a segurança.
Inovar artificiosamente em acidente automobilístico
Sinais de regulamentação e de advertência
Noções de funcionamento do veículo
Mecânica básica
Equipamentos obrigatórios
Extintor de incêndio
Classes de incêndios
Painel de instrumentos
Principais indicadores e luzes piloto
Manutenção do veículo
Verificação dos itens básicos
Sistema de lubrificação
Sistema de resfriamento – arrefecimento
Sistema de alimentação – combustível
Sistema de ignição
Sistema de escape (descarga)
Sistema de direção
Sistema de transmissão
Sistema de freios
Sistema de suspensão
Sistema elétrico
Sistema de rodagem (rodas e pneus)
Informações importantes do pneu
Eventualidades e alternativas
Automóvel
Motocicleta
Condução econômica
Cuidados e revisões pré-viagem
Primeiros socorros
Socorrista
Serviços e números de emergência
Proteção do socorrista, de pessoas e da vítima
Sinalização
Distância de sinalização.
Efeitos colaterais do acidente.
Novas colisões
Atropelamentos
Incêndio
Choque elétrico
Deslizamento
Produtos perigosos
Classificação adotada para os produtos considerados perigosos
Doenças infectocontagiosas
Intervenção de emergência
Sinais vitais
Parada cardiopulmonar
Hemorragia
Externa
Interna
Estado de choque
Fratura
Lesão na coluna
Traumatismo craniano
Queimadura
Extensão da queimadura
Queimadura química ou cáustica
Referências
Convívio social e meio ambiente
Nosso posicionamento social e qualidade de vida estão relacionados à capacidade de se ter e de se manter relacionamentos. Pessoas, grupos e sociedades dinâmicas , cooperativas e construtivas têm por trás forte desenvolvimento das relações interpessoais, quando os anseios coletivos se ajustam às características individuais, de maneira positiva. Quando alguém consegue entender direitos coletivos e os individuais dentro dele, prevalecendo o todo sobre as particularidades, o espírito colaborativo, de solidariedade, de trabalhar para o bem-estar comum, tem-se aí o cidadão. E esse, com as características que lhe são inerentes, vai agir de forma ética, buscando sempre a harmonia, a paz e a defesa da vida, com consequência direta no trânsito. Em Proteção ao Meio Ambiente e Convívio Social, o candidato à habilitação terá a oportunidade de se enxergar e agir como cidadão em todas as esferas de sua vida, e, quando estiver dirigindo, pautar-se pelo respeito ao próximo, ao meio ambiente, consciente do seu papel na promoção de um trânsito acolhedor. Transformar o trânsito em espaço de convivência pacífica é uma decisão de um e de todos.
Sociedade
Viver em sociedade é, antes de tudo, um aceitar das diferenças, um valorizar mútuo e um construir condições socio ambientais para que todos possam viver de forma satisfatória. É preciso o indivíduo compreender seu papel enquanto membro da coletividade e dos grupos que a formam e, ao mesmo tempo, de fomentador de práticas saudáveis, de sorte que construa uma sociedade baseada em relações solidárias, cujo ‘nós’ sempre prevaleça. Daí a importância do grupo e dos indivíduos no que tange as inter-relações, visto que conflituosas comprometem a harmonia.
1. Grupo Social
É o espaço dentro do qual as pessoas, em virtude de objetivos, demandas ou características comuns, mantêm contato direto e compartilham suas expectativas. Embora os membros possuam direitos e assumam obrigações próprias, eles dividem, de certa forma, uma identidade comum. É o que ocorre nas famílias, na vizinhança, entre frequentadores de templos religiosos e no âmbito das organizações, por exemplo.
2. Indivíduo
Sob a perspectiva biológica, compreende um ser dotado de características únicas de certa espécie, a soma das heranças genéticas influenciadas pelas modificações impostas pela necessidade de adaptação ambiental (fenótipo). No tocante ao universo humano, um modelo com aspectos psicológicos singulares que o tornam único: a individualidade.
Esta diz respeito à maneira como a pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos eventos do dia a dia, e dessas experiências cotidianas resulta a diversidade: gostos, personalidade e maneira de viver as inter-relações, no grupo ou na sociedade. De fato, enquanto o indivíduo pode dividir semelhanças quanto à anatomia, à cultura, aos direitos e deveres, é marcado por diferenças quanto ao comportamento, algumas herdadas, outras adquiridas no meio social em que vive. O conjunto de padrões de conduta e de temperamento – a personalidade – comanda a maneira de ser e de agir e define o caráter, as aptidões e os interesses, com reflexo nos costumes: alimentos prediletos, visão de mundo, religião etc.
Trabalhada adequadamente, a personalidade tende a trazer benefícios à pessoa e, logo, à sociedade. Um indivíduo equilibrado, favorecido por uma inteligência emocional, motivado e criativo produz inovações e faz todos crescerem. Do contrário, desmotivado, sem controle de suas emoções e, muitas vezes, por isso, tratado de forma estigmatizada (preconceito), é prejudicial ao grupo todo, porque não é capaz de manter relacionamentos saudáveis, contributivos. Enquanto este tipo de personalidade resulta em uma disfunção nos relacionamentos – intrapessoal ou interpessoal, aquela [positiva, criativa e equilibrada] impacta de modo determinante para o bem-estar da coletividade.
2.1 Relacionamentos intrapessoal e interpessoal
Intrapessoal
Diz-se da capacidade de o indivíduo se conhecer pela reflexão, por meio de um diálogo interior em que são debatidos dilemas, dúvidas, perplexidades, orientações, escolhas. Desse modo, reconhecem-se seus aspectos negativos e positivos e trabalha-se para melhorar uns e aperfeiçoar outros. Ao aceitar o ‘eu’ e entender a própria personalidade, é possível se reconstruir, quando necessário, e, assim, tornar-se forte, com elevada autoestima, cujo impacto primeiro é na própria qualidade de vida, e o reflexo sentido na sociedade.
Na medida em que desenvolve sua habilidade de autoconhecimento, o indivíduo passa a ser capaz de manter atitudes assertivas para com os outros, cultivar a sensibilidade e a empatia e, ainda, compartilhar objetivos e tradições dos grupos dos quais faz parte.
Reflexão intrapessoal
• Quem sou eu • Como sou • Quais são os meus valores • Que valores são importantes • Como posso melhorar • Como posso ser um bom cidadão • Quem eu gostaria de ser no futuro
• Como meu comportamento reflete nas pessoas da minha família
• Como meu comportamento reflete no trânsito
Interpessoal
Em qualquer espaço – público ou privado – existem normas de comportamento que orientam as relações. Isso requer das pessoas competências no trato com o outro e exige delas habilidades para se entenderem, dentro de um processo de empatia, essencial para o convívio familiar, profissional, escolar, estendendo-se, claro, ao trânsito: um ambiente no qual os diversos grupos sociais – motoristas, motocicletas, pedestres, ciclistas – atuam ao mesmo tempo, quase sempre interagindo.
Fatores positivos para o relacionamento interpessoal
Manter atitudes afirmativas (atenção, interesse)
Respeitar as diferenças individuais
Compreender e interagir com os membrosIncentivar o lado positivo das pessoas
Participar efetivamente nas decisões
Manter-se dentro dos padrões e normas
Identificar-se com os objetivos e tradições do grupo
Fatores negativos para o relacionamento interpessoal
Não escutar o outro
Não respeitar as diferenças individuais
Não compreender as outras pessoas
Não se colocar no lugar do outro Interromper alguém quando fala
Falar em tom agressivo
Impor suas ideias (arrogância) Sobrepor suas necessidades (egoísmo)
2.2 Sensibilidade social ou empatia
Pessoas que têm habilidade de compreender os outros e inteligência emocional são mais eficazes em seus relacionamentos, porque são dotadas de empatia ou sensibilidade social e, assim, preparadas para perceber como o outro se sente (alegre, triste) e como reage diante de tais sentimentos, sem, contudo, envolver-se com eles. É, portanto, apenas se imaginar em certas situações ou circunstâncias e o comportamento esperado caso fossem experimentadas.Atitudes uniformes para fatos e circunstâncias diversos prejudicam os relacionamentos. Isso quer dizer que comportamento flexível é um instrumento para se conseguir qualidade nas relações, isto é, competência para conduzir apropriadamente uma situação, desenvolvida quando se tem melhor conhecimento de si, melhor compreensão dos outros, melhor convivência em grupo, melhor relacionamento (aptidões sociais).
Desenvolvimento da empatia e da flexibilidade de comportamento
Melhor conhecimento de siIdentificar conflitos
Identificar valores
Entender preconceitos
Compreender sentimentos e emoções
Melhor compreensão dos outros
Observar comportamentos (modelo de mundo)
Saber ouvir
Compreender como os outros são
Reconhecer as diferenças individuais
Evitar julgamentos precipitados
Melhor convivência em grupo
Saber desempenhar seu papel no grupo ao qual pertence
Observar e entender o relacionamento entre as pessoas
Estar de acordo com as regras
Melhor relacionamento – desenvolvendo aptidões sociais
Saber escutar
Saber dialogar
Saber informar
Saber avaliar
Saber elogiar
Saber disciplinar
2.3 Diferenças individuais e direitos sociais
É preciso distinguir os dois tipos de desigualdades: a positiva da negativa. Esta, além de injusta, é ilegal, porque tem o objetivo de ora menosprezar o outro, ora excluir seu direito à convivência fraterna e democrática. Quando positiva, contudo, a desigualdade permite tornar uma situação mais justa à determinada pessoa. A reserva, por exemplo, de vagas de estacionamento para pessoas idosas, para pessoas com deficiência, para autistas e grávidas é uma forma positiva de desigualar os desiguais, posto que, dessa maneira, pratica-se justiça ao destinar um local próximo e seguro a alguém com uma ou outra limitação. Igualmente, o cuidado de motoristas com pedestres, ciclistas etc. demonstra o interesse em promover equidade social.
Comunicação
Ocorre tanto por meio de linguagem verbal quanto não verbal. A primeira se refere à fala e a escritos, com seus níveis de abstração e variedade de sentidos. A segunda compreende a simbologias e expressões faciais e corporais, voluntárias ou involuntárias. A leitura, a conversa, os gestos, a dança e música, tom de voz, postura corporal e obras de artes são formas de linguagens que viabilizam a comunicação, logo, as relações.
O ato de se comunicar só é satisfatório, no entanto, quando certos princípios são obedecidos. Do contrário, pode deixar de ser um mecanismo de interação social e, com isso, desencadear conflitos, seja intrapessoal, seja interpessoal, posto que cada um luta de forma ativa para obter resultados que lhes sejam favoráveis. No primeiro [intrapessoal], o indivíduo vive uma situação de angústia e confusão interna sobre uma ou outra atitude a ser tomada. Já no segundo, há uma disputa por interesses. Ambos são alimentados por um descontrole emocional.
Comunicação cooperativa
Saber escutar sem interromper
Concentrar-se no que a pessoa fala
Certificar-se de que compreendeu
Não antecipar o que o outro vai dizer
3. Conflito
Diferentemente do que se imagina, não é a princípio um mal, vez que propicia o aparecimento de ideias ou soluções criativas para antigos problemas. O conflito, portanto, quer intrapessoal, quer interpessoal, quando bem administrado, pode produzir crescimento e perspectivas para o grupo. Além dessas duas funções, outras cinco são também efeitos positivos do conflito: prevenir a estagnação do grupo, estimular interesse e curiosidade na oposição, descobrir problemas, demandar resoluções e funcionar como elemento de mudanças nas pessoas e nos grupos. No trânsito, porém, o conflito é, quase sempre, prejudicial.
Conflito intrapessoal
Confronto de ideias que surgem no interior do indivíduo quando há pelo menos duas necessidades simultâneas, e a satisfação da primeira implica a insatisfação da segunda, o que leva a ação da pessoa para diferentes direções, acarretando desconforto.
Conflito interpessoal
Situação na qual duas ou mais pessoas divergem na percepção, avaliação ou proposta de ação sobre determinado ponto em comum.